lunes, 19 de noviembre de 2012

"Mar azul"


Na quarta-feira, dia 21 de novembro, é o lançamento do novo romance de Paloma Vidal, "Mar azul",na Livraria da Vila da Alameda Lorena, às 19:00.Haverá um bate-papo sobre o livro com o escritor Bruno Zeni.




Solitária numa cidade estrangeira, uma mulher no começo da velhice se dedica a tarefas corriqueiras. Observa o voo dos pombos no pátio, frequenta a piscina, marca consultas médicas que considera cada vez mais urgentes.
Mas, dentro de casa, empreende uma atividade peculiar, quase clandestina: lê os diários de seu pai. E escreve suas próprias linhas nos versos das páginas. O contato entre as duas grafias vai desvelando as pistas de uma história sempre incompleta.
Mar azul, segundo romance e quarto livro ficcional de Paloma Vidal, retoma alguns dos elementos que a consagraram como uma das vozes mais marcantes da prosa brasileira contemporânea. A memória - zona opaca de elipses e de impasses - é pedra de toque para uma trama que nunca se deixa ver por inteiro. No compasso melancólico de um cotidiano marcado pelo exílio, o passado ressurge em fiapos, peças de um quebra-cabeça naturalmente movediço, no qual os nomes de personagens e cidades, a cronologia ou os fatos não exigem evidência; em geral, não passam de insinuações.

A literatura brasileira em debate no Itaú Cultural - SP


Temporada de literatura no Itaú Cultural
Eventos simultâneos discutem a literatura brasileira no exterior e o risco na produção literária




7º Encontros de Interrogaçãoquarta 21 e quinta 22 de novembroAcesse depoimentos, videocasts e mesas de debate de 2011 e 2004.
5º Encontro Internacional Conexões Itaú Culturalquarta 21 a sexta 23 de novembro Acesse o blog do Conexões Acesse a lista de reprodução do programa no Youtube, com 139 vídeos.
Em novembro, na sede do instituto, em São Paulo, dois eventos simultâneos abordam a arte das palavras. Nos dias 21 e 22, acontece o  Encontros de Interrogação, com o tema O Risco na Literatura. De 21 a 23, a posição da literatura brasileira no exterior, seus desafios e possibilidades, é o assunto do 5º Encontro Internacional Conexões Itaú Cultural. Os eventos contam com transmissão on-line, aqui pelo site.


O Risco na Literatura 
7º Encontros de Interrogação tem curadoria da escritora, crítica literária e professora Noemi Jaffe e lida, como nas edições anteriores, com amplo debate sobre o ato de escrever. Nesta edição, é a ideia do risco que guia as discussões: risco das mudanças tecnológicas e de acesso, da renovação constante, de um desafio ao gosto tradicional. Como o autor se posiciona diante dessas tensões?
No nosso canal no YouTube, você acessa depoimentos, videocasts e mesas de debate das edições 2004 e 2011 do Encontros.

A Literatura Brasileira Lá Fora
Por sua vez, o Conexões abrange cinco anos de pesquisa e mapeamento feitos no site do programa – e discute os temas surgidos nesse banco de dados com profundidade. O modo como os nossos escritores são estudados em universidades estrangeiras; a problemática própria do professor de literatura estrangeira, que precisa lidar com culturas distintas; os obstáculos e oportunidades do português; e as parcerias e os apoios institucionais que podem colaborar para melhorar os cenários que temos serão abordados.
Também há material no YouTube: a lista de reprodução do programa conta com 139 vídeos (um número sempre crescente), entre entrevistas e debates.
Visite!
Você tem acesso às atrações de ambos, conhecendo o que mais lhe interessa de cada recorte. Veja abaixo a programação.



Para conferir a programação acesse:
http://www.itaucultural.org.br/index.cfm?cd_pagina=2841&cd_materia=2063

lunes, 5 de noviembre de 2012

V SIMPÓSIO DE ESTUDOS CLÁSSICOS e um pouco de teoria literária

5 de novembro, segunda-feira

Local: sala 08 do prédio de Filosofia - FFLCH/USP

Homero

9h - 9h40: Barbara Graziosi (Durham University)

Homer: from Reception to Composition


9h40 – 10h20: Adrian Kelly (University of Oxford)

Tradition in early Greek epic poetry

10h20 – 10h40: intervalo

10h40 – 11h20: Teodoro Rennó Assunção (Universidade Federal de Minas Gerais)

Luto e banquete no canto IV da Odisseia (97-226)

11h20 – 12h: DEBATE

Épica latina: Vergílio e Lucano

14h – 14h40: Philip Russell Hardie (University of Cambridge)

Dido and Lucretia. From Virgil to Shakespeare


14h40 – 15h20: Martin Dinter (Universidade de São Paulo – King’s College London)

Sententiae in Virgil’s Aeneid and Lucan’s Bellum Civile


15h20 – 15h40: intervalo

15h40 – 16h20: Alessandro Rolim de Moura (Universidade Federal do Paraná)

Catão na Líbia (Lucano, Guerra Civil, livro 9)

16h20 – 17h: DEBATE

6 de novembro, terça-feira

 Recepção homérica e epopeia helenística

9h - 9h40: Anastasia Serghidou (Universidade de Creta)

Douleion Hemar: Temps, destin et asservissement


9h40 – 10h20: Maria Celeste Consolin Dezotti (Universidade Estadual Paulista)

Narrativas fabulares em Homero


10h20 – 10h40: intervalo

10h40 – 11h20: Graham Zanker (University of Canterbury)

Apollonius of Rhodes and Hellenistic art

11h20 – 12h: DEBATE

14h – 17h: Encontro com alunos da gradução e da pós-graduação para discussão de pesquisas em desenvolvimento.


7 de novembro, quarta-feira (IEL-UNICAMP)

14h00-14h40: Barbara Graziosi

Migrant Gods: A History of the Olympian Pantheon;


14h40-15h20: Philip Hardie

The Aeneid and Early Modern Voyages of Discovery


15h20-16h30: DEBATE

Casa Guilherme de Almeida: Centro de estudos e tradução literária

15h - 15h30: Maria Celeste Consolin Dezotti

Presença da fábula esópica no teatro grego


15h30 – 16h00: Anastasia Serghidou

Espace géographique et politiques de mnémotechnique dans l’oeuvre d’Hérodote


16h00 – 16h30: Adrian Kelly

Ending epic narratives in Greece and Rome


16h30 – 17h30: DEBATE


UNIFESP (SALA 12)

18h-18h30: Teodoro Rennó Assunção

O banquete e as narrativas na Odisseia


18h30-19h: Martin Dinter

What is Neronian Literature

19h-19h30: DEBATE

lunes, 29 de octubre de 2012

Efetivação da inscrição [AVISO!]

Caros,

hoje, na I Jornada de Literatura Contemporânea da Unifesp, a secretaria nos informou que as listas que passaram para marcar a presença dos alunos e posteriormente entregar seus certificados é apenas para validar as horas. As inscrições, DE FATO, devem ser feitas no link abaixo:


Desculpe-nos pelo transtorno. Àqueles que não conseguirem efetuar a inscrição no link, ainda assim receberão seus certificados em virtude do tempo.

sábado, 20 de octubre de 2012

BERNARDO CARVALHO - um pouco mais sobre o autor convidado da Jornada


Encerrando a I Jornada de Literatura Contemporânea da Unifesp teremos uma conversa com um dos mais importantes e premiados escritores da literatura atual, Bernardo Carvalho.

Bernardo Carvalho nasceu em 1960 no Rio de Janeiro. É escritor e jornalista. Foi editor do suplemento de ensaios "Folhetim" e correspondente do jornal Folha de São Paulo em Paris e Nova Iorque.

Carvalho estreou na literatura no início da década de 1990 com a coletânea de contos Aberração (1993), desde então vem mantendo uma contínua e reconhecida produção literária, que conta atualmente com nove romances publicados.

Em 2003 recebeu o prêmio Portugal Telecom de Literatura pelo romance Nove Noites (2002). E com seu romance posterior, Mongólia (2003), Carvalho foi o vencedor dos prêmios APCA (2003) e Jabuti (2004).
  
O seu mais recente romance, O filho da mãe (2009), parte da coleção Amores Expressos, é o resultado da estadia do autor na cidade russa de São Petersburgo. Recentemente, Carvalho manteve uma coluna no Blog do IMS, intitulada “Diário de Berlim”, que fora escrita durante o ano que o autor passou na Alemanha, como escritor convidado em um programa de residência criativa.

Aliás, as viagens são constantes na obra de Carvalho, que desde os seus primeiros livros busca um espaço transnacional para os seus romances. Afastando-se assim da categoria de uma literatura “nacional”. Os deslocamentos e a estrangeiridade são fundamentais para obra de Carvalho, que afirmou recentemente:

só consigo existir como escritor se eu não fizer parte do que me cerca, de onde eu estou, e, sobretudo se não fizer parte daquilo com o que tentam me identificar a priori, brasileiro, gay etc. (...) Preciso não me identificar para poder escrever. É por isso que as viagens acabam sendo tão fundamentais. O “estrangeiro” é, em princípio, o lugar da incompatibilidade, da contrariedade, da impossibilidade de identificação e, de certa maneira, também do mal-estar. Mas é só aí que eu consigo escrever, onde não falo a língua[1].

Outras características definem o inconfundível estilo de Bernardo Carvalho, como os relatos fragmentários, a trama labiríntica da maioria de seus romances, e ainda o desamparo e a inadequação que cercam as suas personagens, sobretudo, os seus protagonistas. Um trecho de O sol se põe em São Paulo (2007), transcrito a seguir, ilustra bem os sujeitos que Carvalho representa em seus romances, a história que ele busca contar é: “uma história de párias, como eu e os meus, gente que não pode pertencer ao lugar onde está, onde quer que esteja, e sonha com outro lugar, que só pode existir na imaginação”[2].



[1] “Estrangeiro – quatro perguntas para Bernardo Carvalho” In: Blog do IMS: 
http://www.blogdoims.com.br/ims/estrangeiro-quatro-perguntas-para-bernardo-carvalho/ - 20 de outubro de 2012.

[2] CARVALHO, Bernardo. O sol se põe em São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 163-4.


Quando: Segunda-feira 29 de outubro de 2012, às 20H.

Onde: Auditório Adamastor-Pimentas (UNIFESP) - Estrada do Caminho Velho, 333 - Bairro dos Pimentas. Guarulhos SP 

viernes, 12 de octubre de 2012

Verso e reverso: PARTICIPE!


O diálogo entre diferentes estilos poéticos é a proposta desse sarau. Os convidados, Angélica de Moraes e Glauco Mattoso, comentam suas poéticas e respectivas afinidades literárias.

End.: Av. Paulista, 37 - Casa das Rosas, espaço Haroldo de Campos de poesia e literatura

sábado, 6 de octubre de 2012

Entre margens e cânones


A mesa que abrirá a I Jornada de Literatura Contemporânea da Unifesp é composta por trabalhos que discutem as relações e tensões entre as margens sociais e o cânone literário brasileiro:


João Antônio, ficção, malandragem e autobiografia
Bruno Zeni (USP)

O escritor João Antônio estreou na literatura com o volume de contos Malagueta, Perus e Bacanaço (1963), sucesso de público e crítica que o consagrou como um retratista da malandragem de São Paulo e escritor atracado com a vida. O autor se mudou para o Rio de Janeiro, onde viveu até o fim da vida (1996), atuando como jornalista e escritor. Sua literatura ainda conserva grande atualidade em uma combinação inusitada de ficção realista, experimentação de linguagem e autobiografia, expressando o caráter contestador da malandragem, do crime e da experiência pessoal, mas também seus limites.

João Antônio

Sobre o autor:
João Antônio (1934-1996). Jornalista e escritor brasileiro. Nascido em São Paulo, João Antônio mudou-se para o Rio de Janeiro em 1964. Tem a sua obra marcada pela presença de personagens do submundo das grandes cidades: malandros, desempregados, jogadores de sinuca, prostitutas, homossexuais. Entre as mais de vinte obras publicadas estão Malagueta, Perus e Bacanaço (1963), Leão de chácara (1975) e Malhação do Judas carioca (1975).

Memórias do contragosto: MM na luta contra o cânone
Sérgio de Sá (Universidade de Brasília)

Em O azul do filho morto (2002) e Charque (2011), Marcelo Mirisola faz estripulias com as recordações do vivido, lido e visto. Como é possível ser do contra na atualidade? Como desestabilizar as certezas compartilhadas no agora? Ainda se pode dizer não? A prosa de MM oferece uma resposta em primeira pessoa que persegue e tenta se desviar da trilha ambígua aberta, pela literatura brasileira contemporânea, entre realidade e ficção.  

 Marcelo Mirisola

Sobre o autor:
Marcelo Mirisola (1966). É formado em Direito e autor de contos, crônicas e romances. Entre eles, Fátima fez os pés para mostrar na choperia (1998), O azul do filho morto (2000), Bangalô (2003) e Charque (2011).

Recusa e procura do cânone: a manipulação do estigma nas narrativas prisionais contemporâneas
M. Rita Palmeira (USP)

Narrativas escritas por homens marcados pela experiência prisional no Brasil de fins do século XX parecem destinar-se a dois interlocutores ideais distintos: os pares na prisão e os leitores do mundo exterior. As histórias, quase todas de teor autobiográfico, recuperam códigos e comportamentos originais que estão na base das relações prisionais, de uma “sociedade” fechada em si, mas que, para existir, precisa reportar-se ao mundo exterior. Para que existam, as condutas e valores próprios ao universo prisional dependem da expectativa de “estar-fora” daquele ambiente. O modo como esses autores procuram garantir seu espaço no campo literário repõe a mesma ambivalência: se por um lado sustentam certa recusa aos critérios de valor que atribuem ao “mundo exterior”, por outro reivindicam a sua chancela. Partindo de uma análise de Memórias de um sobrevivente, de Luiz Alberto Mendes (Companhia das Letras, 2001), pretendo refletir sobre o modo como o estigma (E. Goffman) de presidiário termina por prestar-se a esta dupla função: afastamento do cânone e desejo profundo de fazer parte dele.


Luiz Alberto Mendes


Sobre o autor:
Luiz Alberto Mendes (1952). Nasceu em São Paulo, onde passou boa parte de sua vida em reformatórios e penitenciárias. É autor de três livros Memórias de um sobrevivente (2001), Tesão e Prazer: Memórias Eróticas de um Prisioneiro(2004) Ás Cegas (2005).


Quando: Segunda-feira 29 de outubro de 2012, às 14H.
Onde: Auditório Adamastor-Pimentas (UNIFESP) - Estrada do Caminho Velho, 333 - Bairro dos Pimentas. Guarulhos SP. 

jueves, 4 de octubre de 2012

Conversa com Juan Pablo Villalobos


Juan Pablo Villalobos e "Festa no covil"
Foto de Renato Parada e capa por Elisa von Randow

O departamento de letras da EFLCH convida a todos para "Conversa com o escritor Juan Pablo Villalobos".

Juan Pablo Villalobos é autor de "Festa no covil" (Cia das Letras, 2012), seu aclamado romance de estreia foi traduzido para 14 idiomas.
O livro relata a história de um garoto chamado Tochtli, que é filho de um poderoso traficante  do México. A narrativa se desenrola no desejo do menino de ter um hipopótamo anão da Libéria. Tochtli é um personagem que persegue sua realidade extravagante, adora usar chapéus e ler dicionários, convive com treze ou catorze pessoas e é super protegido pelo pai. Classificado como uma narconovela, gênero que teve seu auge na Colômbia, o romance na verdade mostra um pai obcecado pelo filho e um filho que tenta viver e sobreviver, e não uma história de criminalidades.

Para ler o livro na íntegra acesse:
http://pt.scribd.com/doc/86067138/Festa-No-Covil-Juan-Pablo-Villalobos

Data: 09 de outubro de 2012.
Local: Sala 02, anexo, UNIFESP (campus Guarulhos)
End.: Estrada do Caminho Velho, 333.
Horário: das 18h às 19h30
Organização e mediação: Prof. Dr. Markus Lasch

OBS.: Em virtude deste evento, nossa "Volta ao mundo com Cortázar" terá uma pequena alteração:
          
         DIA 09 - "FESTA NO COVIL"
         DIA 16 - "RAYUELA"
         DIA 23 - "CONTOS"

miércoles, 3 de octubre de 2012

Quem são eles?


Conheça um pouco sobre alguns dos palestrantes das jornadas!





Eduardo Sterzi
possui graduação em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1994), mestrado em Teoria da Literatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2000) e doutorado em Teoria e História Literária pela Universidade Estadual de Campinas (2006). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria da Literatura, atuando principalmente nos seguintes temas: poesia medieval, poesia brasileira moderna e contemporânea, crítica, teoria e história literária, Dante Alighieri, Gianfranco Contini, Carlos Drummond de Andrade, Murilo Mendes, Augusto de Campos. Em novembro de 2011, obteve o primeiro lugar em concurso para professor de Teoria e História Literária no Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP.

Luciene Azevedo
Possui Doutorado em Literatura Comparada (2004) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro e atualmente é professora de Teoria Literária da Universidade Federal da Bahia, vinculada ao programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira e Teoria Literária, atuando principalmente nos seguintes temas: narrativa contemporânea latino-americana, performance narrativa, cinismo e autoficção.

Marcos Natali 
Possui Mestrado (1993) e Doutorado (2000) em Literatura Comparada pela Universidade de Chicago e Pós-Doutorado em Literatura Hispano-Americana pela USP (2003). É, desde 2003, professor-doutor do Departamento de Teoria Literária e Literatura Comparada da USP, onde orienta pesquisa de iniciação científica, Mestrado e Doutorado. É pesquisador do CNPq, com projeto sobre literatura, ética e sacrifício, e foi professor visitante na UAM (México) em 2009. Publicou o livro _A política da nostalgia: Um estudo das formas do passado_ e atua principalmente nas seguintes áreas: narrativa hispano-americana do século XX e contemporânea, teoria literária latino-americana, teoria pós-colonial e desconstrução, com textos publicados sobre Juan Rulfo, José Lezama Lima, Tununa Mercado, José María Arguedas, Roberto Bolaño, Mario Bellatin e fetichismo.

Stefania Chiarelli
Professora Adjunta de Literatura Brasileira na Universidade Federal Fluminense, realizou os estudos de mestrado em Teoria Literária pela Universidade de Brasília (1997) e doutorado em Estudos de Literatura pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2005). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Brasileira, atuando principalmente nos seguintes temas: deslocamento, memória, imigração. Publicou os ensaios "O cavaleiro inexistente de Italo Calvino - uma alegoria contemporânea" e "Vidas em trânsito: as ficções de Samuel Rawet e Milton Hatoum", e co-organizou o livro "Alguma prosa - ensaios sobre literatura brasileira contemporânea.

Sérgio de Sá
Possui graduação em Comunicação Social pelo Centro Universitário de Brasília (1992), mestrado em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia (1999) e doutorado em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais (2007). É professor da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília. Foi editor de Cultura do Correio Braziliense, no qual assinou durante mais de seis anos uma coluna sobre livros e literatura. Tem experiência nas áreas de Jornalismo e Letras, com ênfase em Literatura Comparada. É autor de "A reinvenção do escritor: literatura e mass media" (Editora UFMG).

Rita Palmeira
É doutora em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo (2009). É bacharel em Letras (1997) e mestre em Teoria e História Literária (2000) pela Universidade Estadual de Campinas. Tem experiência na área de Língua Portuguesa e Literatura. Tem pesquisa nos seguintes temas: surrealismo francês, modernismo brasileiro e narrativas do cárcere.



Os fins da literatura


Passantes, banhistas, manifestantes: as metamorfoses da ninfa em Carlito Azevedo
Eduardo Sterzi (Unicamp)

Acusou-se, recentemente, Carlito Azevedo de adesão a um programa de “retradicionalização frívola” que, supostamente, caracterizaria grande parte da poesia brasileira das últimas décadas. Buscaremos contestar tal interpretação e juízo a partir de uma investigação de certas figuras femininas constantes em sua obra, na qual talvez se possam entrever novas metamorfoses de uma imagem recorrente da cultura não somente literária, mas mais amplamente artística, do Ocidente: aquela da Ninfa, que já ocupou o centro da reflexão de estudiosos como Aby Warburg e, mais recentemente, Georges Didi-Huberman, Giorgio Agamben e Roberto Calasso. Nossa hipótese é que, se há jogo com a tradição em Carlito Azevedo, este está longe de ser frívolo, na medida em que implica um repensamento da história da literatura e da arte, assim como, sobretudo, do estatuto mesmo da imagem: de sua consistência ontológica ambivalente (ao mesmo tempo material e imaterial, literal e simbólica, concreta e sonhadora, vívida e fantasmática) a sua historicidade própria (constitutivamente intempestiva, anacrônica, dialética).

Carlito Azevedo


A literatura ainda é possível?
Luciene Azevedo (Universidade Federal de Bahía)

Tomando como premissa básica a observação de Reinaldo Laddaga de que “nos encontramos en el trance de formación de un imaginario de las artes verbales tan complejo como el que tenía lugar hace dos siglos, cuando cristalizaba las idea de uma literatura moderna”, essa comunicação pretende partir do comentário sobre alguns relatos teóricos recentes que tematizam o fim da literatura. Mas ao invés de comprar o idealismo das retóricas que alardeam o prognóstico apocalíptico, gostaria de apostar na hipótese de um deslizamento epistemológico capaz de reinventar contemporaneamente o estatuto do que considerávamos literatura até bem pouco tempo. Nesse sentido, a literatura só estaria em fuga (a expressão é da crítica argentina Sandra Contreras), caso insistíssemos em avaliá-la com base em parâmetros que estão sendo deslocados pelos objetos surgidos no presente do século XXI e que pedem para ser lidos de forma distinta. Para testar minhas hipóteses, gostaria de analisar mais de perto dois não-romances específicos. O do escritor uruguaio Mario Levrero, La Novela Luminosa, e This is not a novel de David Markson.


Da pobreza da literatura
Marcos Natali (USP)

Tendo como pano de fundo debates a respeito da recente mobilidade social no Brasil e suas possíveis consequências para a cultura local, o trabalho revisita algumas cenas contemporâneas em que foi colocada em questão a relação entre literatura e pobreza. Trata-se, portanto, de tentar relacionar análises de mudanças no panorama social do país e certo “tom apocalíptico” presente em alguns lamentos sobre o estado atual da literatura brasileira.

martes, 18 de septiembre de 2012

Nossos encontros no 2º semestre de 2012



Dúvidas, encaminhem para o email pvidal@unifesp.br!

viernes, 31 de agosto de 2012

Escrever de fora

“Da viagem entre leituras: a ficção de Adriana Lunardi” por Stefania Chiarelli (Universidade Federal Fluminense)

Os contos de Vésperas (2002), assim como o romance A vendedora de fósforos (2011), de Adriana Lunardi, tem como denominador comum situações em que leitores se inscrevem de algum modo na cena literária.  Em distintas medidas e faturas, essas narrativas apresentam sujeitos às voltas com suas referências de leitura. Investigar tal relação me interessa na medida em que possibilita uma reflexão acerca das figurações do leitor e de modos de inscrição no espaço literário. Nessa escrita que  dialoga com a tradição,  surgem personagens que passam a fazer parte de um sistema, de uma família de leitores, como se percebe no conto "Ana C", na afirmação do indivíduo à beira da morte: “Um mapa que ficará para sempre incompleto, deixando saudade das ruas que nunca passei. Aperte minha mão, querido poeta, me dê coragem e me dê humor" (Lunardi, 2002, 45). Nessa perspectiva, ativar um determinado repertório de leituras equivale a mover-se entre tradições e obsessões literárias, apontando modos de conexão com a própria vida.
                             

Adriana Lunardi estreou na literatura com "As meninas da Torre Helsinque" (Mercado Aberto/PMPA, 1996), livro pelo qual recebeu os prêmios Fumproarte e Troféu Açorianos (1997),em duas categorias: melhor livro de contos e autor estreante. Em 2002,lançou "Vésperas" (Rocco), livro de contos agraciado com a bolsa para escritores da Fundação Biblioteca Nacional e indicado ao prêmio Jabuti. "Vésperas" também foi publicado na França, Argentina, Portugal e Croácia.
"Corpo estranho", seu primeiro romance (Rocco, 2006), foi finalista do prêmio Zaffari/Bourbon e está sendo traduzido para o francês.
Quando não escreve livros, Adriana redige roteiros para a TV, especialmente documentários.Já ministrou um curso de leitura para futuros escritores e uma oficina de texto para moradores de rua, que resultou na publicação do livro Letras na Rua (PMPA, 1993).
Lunardi tem formação acadêmica em Comunicação Social e estudou literatura.Nasceu em Xaxim, Santa Catarina, morou em Santa Maria,Porto Alegre (onde teve sua estreia literária), Paris e São Paulo. Atualmente, vive no Rio de Janeiro.

Os mapas na literatura

“Mapas: creación, recreación y subversión de estereotipos espaciales en el Nuevo Exotismo.” por Idalia Morejón Arnaiz (Universidade de São Paulo)


En A literatura vista de longe, Franco Moretti plantea la pregunta de si los mapas literarios tienen alguna utilidad, ya que grandes teóricos de la literatura como Mijaíl Bajtín, Raymond Williams y Henri Lafon nunca los incluyeron en sus libros (Moretti, 2008, 63). Alguna utilidad se les puede atribuir, ya que uno de los elementos documentales frecuentes en la literatura de viajes son precisamente los mapas. En los libros Teoría del alma china, de Carlos A. Aguilera, Mongólia, de Bernardo Carvalho, y Cuaderno de Feldafing, de Rolando Sánchez Mejías, contamos con gráficos que se corresponden a la definición simple de mapa, esto es, la “representação dos aspectos geográficos-naturais ou artificiais da Terra destinada a fins culturais, ilustrativos ou científicos” (Oliveira, 1987, 233). La amplitud de esta definición sitúa a los mapas, dentro del ámbito cartográfico, como formas de comunicación que nos informan sobre su modo de realización y sobre el modo como podemos leer e interpretar dichas informaciones. El mapa, por tanto,  puede tener o no carácter científico especializado; así, el escritor también puede servirse de él para registrar determinados contenidos relacionados al viaje, sea real o imaginario. Sobre estas cuestiones tratará el presente trabajo, en los libros arriba mencionados.


Carlos A. Aguilera é poeta, narrador e ensaísta, também é diretor da revista Diáspora(s). Publica diversos artigos em revistas sul americanas e europeias. dentre suas obras destacam-se Retrato de A. Hooper e su esposa (Poesía/Ediciones Union, La Habana, Cuba, 1996).

Bernardo Carvalho nasceu em 1960, no Rio de Janeiro, é escritor e jornalista. Foi editor do suplemento de ensaios Folhetim e correspondente, em Paris e em Nova York, da Folha de S. Paulo.

Rolando Sanchez Mejías nasceu em 1959, é escritor. reside em Barcelona e ganhou, em 1993 e 1994, o "Premio Nacional de la critica de Cuba".

Poesia na jornada

"De trânsitos e traduções: a poesia de Marília Garcia, Cecília Pavón e Beatriz Bastos" por Paloma Vidal (Universidade Federal de São Paulo)

Proponho uma reflexão sobre o trabalho de três poetas latino-americanas contemporâneas, Marília Garcia, Cecilia Pavón e Beatriz Bastos, a partir de uma dupla perspectiva:  a da tradução e seleção do seu trabalho, realizado por mim, em colaboração ou sozinha, como parte do projeto da revista Grumo e como modo de concretizar trânsitos lingüísticos e afetivos entre Brasil e Argentina; o modo como esses trânsitos estão inscritos na própria poesia dessas autoras, através da citação, da tradução ou da interferência de outras línguas, procedimentos por sua vez relacionados à experiência de deslocamento que constitui um ponto de partida fundamental para o trabalho das três poetas.

Marília Garcia e Cecília Pavón

Marília Garcia nasceu no Rio de Janeiro, em 1979. Publicou "Encontro às cegas"(Moby Dick, 2001) e "20 poemas para o seu walkman" (Cosac Naify, 2007), é uma das editoras da revista Modo de usar & Co.

Cecilia Pavón é uma poeta contemporânea argentina, nascida em Mendoza em 1973. Formou-se em Letras pela Universidade de Buenos Aires e estreou em livro com o volume ¿Existe el amor a los animales? (Editorial Siesta: Buenos Aires, 2001). A este seguiram-se Pink Punk (2003), Caramelos de Anís (2004) e Discos Gato Gordo (2005). A escritora e artista está ligada ao coletivo conhecido como "Belleza y Felicidad", e vive em Buenos Aires, de onde escrevecom frequência para o seu espaço pessoal, chamado Once Sur.

Beatriz Bastos graduou-se em letras, bacharelada e licenciada em português e literaturas de língua portuguesa, pela Pontifica Universidade Católica do Rio de Janeiro, em 2003. É professora, tradutora e poeta. Abaixo sua dissertação de mestrado:

A Jornada e sua programação


29/10/2012 – SEGUNDA-FEIRA
LOCAL: AUDITÓRIO (Adamastor Pimentas - Unifesp)

COMISSÃO ORGANIZADORA
Profa. Paloma Vidal
Prof. Markus Lasch

MONITORES
Carlos Henrique Vieira
Joabson Santos Pereira
Mariane Tavares

PROGRAMAÇÃO DO EVENTO

14:00 – 15:30 – Entre margens e cânones
Sérgio de Sá (UnB)
Bruno Zeni (USP)
Rita Palmeira (USP)
Mediação: Carlos Henrique Vieira

Coffee Break

16:00 – 17:30 – Escrever de fora
Stefania Chiarelli (UFF)
Idália Mojerón (USP)
Paloma Vidal (Unifesp)
Mediação: Mariane Tavares

18:00 – 19:30 - Os fins da literatura
Marcos Natali (USP)
Luciene Azevedo (UFBA)
Eduardo Sterzi (Unicamp)
Mediação: Joabson Santos Pereira

20:00 - Conversa com Bernardo Carvalho
Mediação: Markus Lasch

A proposta da jornada


A I Jornada de Literatura Contemporânea da Universidade Federal de São Paulo, a ser realizada no dia 29 de outubro de 2012, na Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, no Campus Guarulhos, tem como objetivo colocar em discussão os limites da concepção moderna da literatura enquanto meio privilegiado de formação e transformação do homem, de modo a reconsiderar os estatutos ético e estético da literatura e a compreender seu lugar no passado e no presente. Apresentando o tema “A literatura e seus fins”, a jornada pretende aprofundar esse debate, a partir de perspectivas teóricas e críticas heterogêneas.
Para tanto, foram convidados professores doutores de diferentes universidades do Estado de São Paulo (USP/Unicamp) bem como de outros Estados (UnB/UFBA/UFF). Além disso, foi convidado para a mesa de encerramento da jornada o escritor Bernardo Carvalho, cuja presença proporcionará aos alunos e à comunidade acadêmica a oportunidade de discutir as questões mencionadas acima a partir da perspectiva de quem escreve literatura atualmente.

sábado, 25 de agosto de 2012


Participe conosco!

Apresentando o tema “A literatura e seus fins”, a jornada pretende aprofundar o debate sobre literatura contemporânea a partir de perspectivas teóricas e críticas heterogêneas. Entre os convidados confirmados estão Marcos Natali (USP), Eduardo Sterzi (Unicamp), Luciene Azevedo (UFBA), Sérgio de Sá (UnB) e Stefania Chiarelli (UFF). Além disso, teremos uma mesa de encerramento com o escritor Bernardo Carvalho.    
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